terça-feira, 29 de junho de 2010

Querer te esconder dói me faz sofrer ainda mais. Só estou fingindo que tudo corre bem, que minha vida está feliz, ando depressa para fugir de você, mas minhas atitudes são em vão, suas marcas não vão sumir tão cedo, preciso me acostumar, mas não tenho conseguido. Você tem me deixado perdida em meio à multidão, sabia Sentimento? Porque você se expandiu tanto em meu coração?(...)

Quero voltar a ser como antes, me deixa sorrir sem esconder uma lágrima!
Eu sei já sei sobre você, já o conheço, já sei seu nome... Você se chama Amor.
E tu tens o poder de nos fazer enlouquecer de saudade, aa esses seus aliados!
Todos um dia te conhecerão, você me fez ficar generosamente feliz... É entendeu bem?Me FEZ !
Jurei pra mim que não iria te encontrar tão cedo assim, mas nosso encontro foi imprevisível.Tu me testou, e eu não medi as consequências, hoje queres me ensinar que: Amor que é amor dura, amor que é amor perdoa e resiste,acho que naquela história somente um amou de verdade,e quem dera esse alguém não ter sido eu.Mas, tinha que ser assim dessa forma? haha'
Você é mesmo um bandido que rouba corações.
Então já que anda tão difícil é melhor fazermos um contrato, você não me procura, e eu não fujo de você, um dia a gente se encontra e poderemos ser felizes.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A FITA MÉTRICA DO AMOR

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.



                                                                            (Martha Medeiros)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Amor que é amor dura.

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até as traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, então eu saberei dizer quem você mais amou. O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. E eu não posso ser nem a metade do que eu sou se você não estivesse por perto", O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração”.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Chorar

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.

A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."
                                                Caio Fernando Abreu
"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios."

                                                                              (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Água viva


E eis que sinto que em breve nos separaremos. Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora eu sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que ás vezes se extasia como diante de fogos de artifícios.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. E a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo, preciso de segredos para viver.

                                                                                 (Clarice Lispector)
E "eu te amo" era uma farpa que não se podia tirar com uma pinça. Farpa incrustada na parte mais grossa da sola do pé."
                                                                      (Clarice Lispector)

Nas Tuas Mãos


"Habituamo-nos a tratar os amores como electrodomésticos: quando se escangalham, vamos ao supermercado comprar um novo, igualzinho ao que o outro era. Consertar? Não compensa: o arranjo sai caro, além de que nunca sabe muito bem procurar a peça que falta. Substituímos a eternidade pela repetição, e o mundo começou a tornar-se monótono como uma lição de solfejo. Tememos a maior das vertigens, que é a duração. Mas no fim de cada sucesso há um cemitério como o de Julieta e Romeu, apenas com a diferença da aura, que é afinal tudo.(...)"





                                                                  Trecho do livro : Nas Tuas Mãos, de Inês Pedrosa.